terça-feira, 16 de junho de 2009

SUGESTÕES P/ REUNIÕES PEDAGÓGICAS

AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVEM

as crianças vivem em meio a críticas, aprenderão a condenar.Se as crianças vivem em meio à hostilidade, aprenderão a brigar.Se as crianças vivem sendo ridicularizadas, irão se tornar tímidas.Se as crianças vivem com vergonha, aprenderão o sentimento de culpa.Se as crianças vivem onde há incentivo, aprenderão a confiança.Se as crianças vivem onde ocorre a tolerância, aprenderão a paciência.Se as crianças vivem onde há elogios, aprenderão a apreciação.Se as crianças vivem onde há aceitação, aprenderão a amar.Se as crianças vivem onde há aprovação, aprenderão a gostar de si mesmos.Se as crianças vivem onde há honestidade, aprenderão a veracidade.Se as crianças vivem com segurança, aprenderão a crer em si mesmas e naqueles que as rodeiam.Se as crianças vivem em um ambiente de amizade, aprenderão que o mundo é um lugar bom para se viver.(Dorothy Law Nolte)E você? O que está ensinando a seu filho? E a seus alunos? Vamos refletir?

Frase sobre o brincar

"Brincar, para a criança, é tão importante e sério como trabalhar é para o adulto. Ou mais até, porque dificilmente encontramos um adulto tão dedicado ao seu trabalho como a criança o é à sua brincadeira. O trabalho é dirigido de fora, pelas necessidades e metas dos adultos. Brincar brota de dentro da criança."
Brincando, a criança imita o trabalho, os gestos do adulto. Assim, ela descobre o mundo. Ela vivencia suas leis sem fazer conceitos lógicos sobre elas. Quando ela brinca com água, experimenta como se formam as gotinhas e vê como o sol brilha nelas. Ou joga pedrinhas numa poça d'água e acompanha os círculos concêntricos que vão se abrindo cada vez mais até chegar na beirada. Ou faz um barquinho de bambu ou de casca de árvore e fica alegre quando este flutua. Isto tudo para a criança é pura vivência.Se o adulto tenta levar estas experiências à consciência da criança, formulando com ela leis básicas de física, ele estraga a brincadeira, afastando a criança da ação e do movimento e separando-a do mundo ao qual ela ainda está totalmente unida. A criança pequena é inteiramente força de vontade. Ela só quer agir, transformar, brincar. Nunca pára quieta.
Trechos extraído do livro "Criança Querida - O dia-a-dia das creches e jardim-de-infância", de Renate Keller Ignácio (páginas 25, 26, 27 e 28) - Editora Antroposófica

CONHECENDO MELHOR - SUGESTÃO DE TEXTO PARA REUNIÃO DE PAIS

CARACTERÍSTICAS DO MINI MATERNAL (CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS)
É nos primeiros anos de vida que a criança desenvolve o andar o falar e o pensar, sendo que o andar, se desenvolve geralmente, no primeiro ano de vida.O controle do desenvolvimento motor acontece de cima para baixo. A criança controla o olhar, os movimentos do pescoço, do tronco, senta, engatinha e por fim põe-se de pé. Está ávida para explorar o universo ao redor, pois agora se movimenta com maior facilidade e certa agilidade e, graças a esta exploração, desenvolve o seu conhecimento físico, lógico matemático e cognitivo, pois exercita a cada movimento, a capacidade de seriação e classificação, construindo as primeiras noções de número e estruturando cada vez mais a noção de espaço tempo. Ao ver o mundo de forma mais ampla, anda de um lado a outro, toca tudo, experimenta o que pode e o que não pode, deixando todos agitados, correndo atrás. Nesta etapa do desenvolvimento motor, gosta de puxar, carregar, empurrar e arrastar objetos e realiza atividades domésticas com imenso prazer (varrer, tirar pó). Também está adquirindo destreza no manejo com os talheres e sente prazer em comer sozinha, por isso, muitas vezes rejeita o auxílio do adulto. A criança deve sempre ser estimulada a concluir a tarefa que começou e devemos incentivá-la a não desistir facilmente, pois desta forma estaremos fortalecendo sua independência e auto-estima.O desejo de explorar, experimentar, descobrir, juntamente com a necessidade de colocar-se a prova, para perceber suas capacidades e limitações, o que podem ou não fazer para controlar seu mundo, para se afirmar, sem a interferência do outro, buscando agir individualmente, faz desta etapa o período dos tombos, trombadas e arranhões. Como ainda não estão com o equilíbrio e o freio inibitório completamente formados, mas querem vivenciar todos os espaços disponíveis, é comum alguns tropeços, escorregões, desequilíbrios e encontrões nos colegas e até paredes. A criança possui uma grande necessidade de explorar todos os espaços disponíveis, manipular objetos e de exercitar o próprio corpo. Tende a fazer tudo sozinha e ignora a necessidade de um auxílio adulto, ainda assim, é preciso que o adulto perceba a importância de estar ao lado da criança, acompanhando tudo o que ela está fazendo, mesmo que não necessite ajudá-la.Como em um passe de mágica, a criança começa a falar. É no segundo ano de vida onde a criança que rapidamente aprende palavras e mais palavras, sendo capaz de aprender duas palavras novas por dia. Ela conversa, interage, participa e pouco a pouco vai juntando uma palavra à outra, formando frases e então começa a elaborar idéias e pensamentos, entram então, na fase dos porquês, as perguntas e questionamentos são constantes e, geralmente, usam “Por que?” e o “Quisso?” (Que é isso?), também costumam repetir muito, a fala dos adultos ao redor. Curiosa, possui inúmeros questionamentos que, não devem ficar sem respostas, pois a curiosidade é o fator essencial para que aconteça o aprendizado e com isso, a criança se desenvolva.A criança vive em um “estado” egocêntrico (acredita que o mundo vive em torno dela), e progressivamente busca socializar-se, quando começa a perceber que ela é um ser à parte, diferente dos outros, surge a fase de se contrapor, o momento dos nãos. Segundo Piaget, a criança se expressa através do jogo simbólico, ou seja, transforma a realidade em função dos seus desejos e fantasias. Neste período surgem as primeiras disputas e desentendimentos que, geralmente, são resolvidos com mordidas, empurrões e tapas. A raiva some assim que a ação é realizada, pois estas atitudes são usadas como uma forma de “espantar” o colega, em seguida as crianças voltam a brincar novamente como se nada tivesse acontecido. A criança está com isso, desenvolvendo o seu sentido de identidade, um eu social e uma personalidade independente, com um forte desejo de autonomia e afirmação, está elaborando regras e aprendendo o que é certo ou errado. Frequentemente sente medos, que podem ser reais ou imaginários, sendo importante nestes momentos, fortalecer o vínculo afetivo de forma a estimular o emocional, pois é no convívio em grupo que a criança aprende a conviver de forma harmoniosa com o outro.Segundo Piaget, nesta idade a criança encontra-se no período sensório motor, onde ainda não é capaz de formar imagens mentais, e o aprendizado se dá através da exploração com o meio. O princípio didático deve ser o da permissividade de ação da criança sobre o meio, ela vai andar, correr, tropeçar, levantar, se equilibrar, engatinhar, encaixar, enfileirar, empurrar, puxar, manipular, imitar. Como toda ação é uma tentativa de aprendizado, neste período empurrar, morder, chutar ou bater no colega, também será uma forma de dominar suas ações e explorar suas capacidades, por isso, em qualquer etapa do desenvolvimento infantil, temos que saber lidar com os limites e sempre orientar a criança para a atitude correta a ser tomada, é importante criar combinações, que por diversas vezes terão que ser relembradas até que a criança internalize e passe a compreendê-las melhor.. No final deste período, a criança estará realizando a função simbólica (estágio pré-operatório), o que, entre outras coisas, permite-lhes desenvolver a linguagem e a representação de imagens, moderando as disputas e permitindo a aproximação do outro. Nesta etapa ficam rebeldes e determinados e acabam alternando momentos de timidez e de convivência intensa. Suas ações deixam de ser motoras e instintivas e surge o pensamento. Ela representa eventos internamente e, desse modo, torna-se capaz de planejas ações, antes de executá-las, embora seja capaz de pensar suas ações, ainda não é capaz de se colocar no lugar do outro e trocar seu ponto de vista. O ato mais espontâneo do pensamento é o jogo, e o pensamento da criança continua impregnado de tendências lúdicas até o final do período pré-operatório, por este motivo, a melhor forma de desenvolver o aprendizado dos pequenos, é através de brincadeiras.Embora os conhecimentos das demais especialidades como psicologia, sociologia, medicina e outras, possam ser de grande valia para identificar os processos de desenvolvimento da criança e o universo infantil, apontando algumas características comuns de ser criança, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças.

Os textos postados a cima são de Márcia O. Soares /Educadora Mini Maternal (1 A 3 ANOS)